COMO LIDAR COM O CRÍTICO INTERNO

Posted on Posted in Equilíbrio Pessoal

“É melhor ouvir o que os outros te dizem”; “Quem és tu para tomares essa decisão?”; “Devias fazer mais”; “Não é suficiente”; “Os outros são melhores”, …

Reconheces algumas destas afirmações?
Quais são algumas das críticas que fazes a ti mesma?

 

Temos uma vozinha dentro de nós que está constantemente a criticar – aquela voz que está constantemente a pedir atenção, apontando falhas, erros e medos.
No entanto, ouvir esta voz não significa que temos de concordar com ela, e muito menos deixar que ela influencie as nossas decisões e consequentemente a nossa vida.
Apesar de esta voz não possuir um interruptor onde a possamos desligar, podemos aprender a lidar com ela. Vê-la como aquilo que ela é na verdade: a parte mais primitiva do nosso Ser a proteger-nos e a manter-nos seguros.

Compreender como o crítico interno opera é a chave para criar uma relação mais pacífica com o crítico que há em nós.

 

Dois pontos a ter consideração em relação ao crítico interno:

1. Ele usa a palavra “tu” de forma negativa.
Alguns exemplos:
– “Tu vais falhar”
– “Tu estás a perder o teu tempo”
– “Tu não és suficiente”
– “Tu não és capaz”
– “A culpa é tua”

2. O crítico interno apresenta-se de forma fatalista.
A voz crítica não é de todo aquilo a que chamo, “mente aberta”. O crítico interno é fatalista. A sua última frase poderia ser “e sempre assim será”.
Alguns exemplos:
– “Tu és uma falhada (e sempre assim serás)”
– “Tu vais fazer asneira (como sempre fazes)”
– “Tu não estás pronta para isso (e nunca estarás)”

 

Este crítico aparece sobretudo nos momentos em mais precisamos de força. No entanto, ao compreender que a função dele não é dar força, mas sim prevenir de sermos humilhados, – ficaremos mais abertos a lidar com ele.

Lembro-me da primeira vez que tive de falar em público. Dias antes de fazer o meu discurso, só pensava em desistir e em todas as desculpas que poderia dar para não estar presente!
Na minha cabeça, ouvia aquela voz a dizer “mas quem pensas que és”, “vai correr mal e não vais conseguir transmitir a tua mensagem”, “vais fazer má figura”,…
O meu crítico negativo e fatalista estava a desgastar-me e não era de todo o que precisava naquele momento. Felizmente, consegui perceber o quanto estava a deixar-me afetar se continuasse a ouvi-lo.
No nosso dia-a-dia ele aparece nas situações mais básicas. Fazendo-nos acreditar que não somos bons amigos, filhos, pais, profissionais, … muitas vezes levando-nos a acreditar que somos más pessoas!

 

Se essa voz na tua cabeça diz que não és boa o suficiente. Impede-te de tomar ações que são benéficas para ti, diz que não vale a pena investir em ti, que contigo nada funciona. A probabilidade de o crítico interno estar a comandar a tua vida é grande.

Esta vozinha pode fazer-se ouvir bem alto. Por isso é bom lembrar que esta voz faz parte do nosso Ser primitivo em que a única coisa que deseja é proteger-nos da dor da rejeição e humilhação.

O crítico interno é a manifestação do medo. Quando aparentemente estamos a ouvi-lo com mais intensidade é porque supostamente a ameaça está mais perto. Assim, embora possa parecer que ele não está a ajudar, na verdade ele apenas está com medo que te coloques numa situação que possa comprometer a tua segurança e o teu sentido de identidade.
Por isso, nos meus processos de coaching, uma fase fundamental do processo é trabalhar sobre a identidade, para que esta voz possa sentir segurança no que está a ser trabalhado!

 

Dá um Nome ao teu crítico interno
Podes passar o resto da vida a concordar com o crítico, sentindo-te mal dia após dia. Ou podes fazer amizade com ele.
Uma das forma mais poderosas para o fazer é: dando-lhe um nome!

Ao longo dos anos atribuí ao meu crítico vários nomes, agora gosto de lhe chamar “rezingão” e imagino-o com um ar exageradamente chateado. Quando ele aparece procuro perceber qual o medo que ele me quer prevenir.

Não importa qual o nome que dás, desde que te ajude a compreender que não és os teus medos e que os teus medos não são quem tu és. É apenas uma emoção. Que com toda a certeza não merece que lhe dês o poder de abdicares de seres o centro da tua vida.

 

Fala com o teu crítico
Quando essa pequena voz faz-se ouvir alto demais, fala com ela como farias com outra pessoa que estivesse preocupada contigo. Como se fosse alguém super protector, que apenas gostaria que ficasses bem. Reconhece a preocupação do crítico com bondade, e depois, com toda a tua autoridade, faz-lhe saber que estás segura e que estás ao comando da tua vida!
De cada vez que sintas a necessidade de seguir algo que desejas, lembra-te de que como Ser Humano, o teu desejo de segurança muitas vezes pode procurar sobrepor-se ao teu desejo de crescimento. É um jogo entre o que mais te assusta e o que mais te inspira. Ao não arriscares ires em direção ao que te assusta, podes nunca vir a saber o quão brilhante, capaz e corajosa és na verdade.

Por isso da próxima vez que a voz crítica se fizer ouvir, agradece-lhe por te prevenir da dor da humilhação e rejeição.
Para desenvolver aquele “algo” que sentes que falta necessitas de dar o passo em frente em direção aos teus desejos. Uma e outra vez!

Até Breve!
Ana Rita

Coach especialista em Equilíbrio e Transformação ajuda mulheres a saírem da crise pessoal levando-as a encontrar aquele “algo” que necessitam desenvolver para se sentirem novamente completas, felizes e confiantes.  Descarrega gratuitamente uma cópia do seu ebook “5 passos para superar o vazio interior”  e dá o primeiro passo para viver com confiança, felicidade e equilíbrio.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *