Se não sentes compaixão por ti, então ela está incompleta” – Jack Kornfield
Imagina este cenário!
Tinhas uma tarefa onde deste o melhor de ti. No entanto, após rever a tarefa, encontraste uma falha na execução da mesma.
No momento, em que notas essa falha, a tua voz interior começa a dar sinais da sua presença.
“Não acredito que fiz isto.”
“Como sou desajeitada”
“Como pude cometer este erro. Que idiota que sou!”
Há medida que pensas na tarefa a ansiedade aumenta. Os minutos passam e o discurso interno torna-se cada vez mais exigente e rígido. O corpo começa a dar sinais de tensão, os músculos ficam tensos, a garganta apertada, o estômago fica contraído e o coração acelera.
Identificaste com este cenário?
Se sim, é provável que sofras de falta de compaixão por ti mesma!
A falta de compaixão provoca um vazio entre quem somos e aquilo que realizamos. Este vazio provoca um discurso interno muito rígido levando ao aumento de ansiedade, stress e em última análise à falta de confiança e felicidade.
Todos nós temos um discurso interno. Este discurso é caracterizado por uma voz que “fala” connosco. Como se fosse um “Eu” que está dentro da nossa mente e nos dá indicações. Esta voz recria a forma como nos tratamos a nós mesmos!
Se um amigo teu tivesse cometido uma falha como o tratarias? Irias tratá-lo de forma tão dura e rígida como fazes contigo mesma?
Acredito que respondeste Não a esta questão.
Então porque és tão cruel contigo?
Começa a prestar atenção à forma como falas contigo mesma!
Como é a tua voz interior?
Cruel? Rígida? Crítica? Difícil de agradar? Que nomes chamas a ti mesma? Permites que essa voz te deixe angustiada, sobrecarregada, diminuída?
Muitos de nós têm vozes internas muito críticas. Criam angústias, através da comunicação que têm consigo. Tomam a voz crítica muito a sério. Aumentando, assim, estados de ansiedade, preocupação e stress.
Alguns têm a falsa ideia de que ao concordar com a voz crítica estão a motivar-se para a mudança. Mas este pensamento não podia estar mais longe da verdade!
Se o discurso para contigo mesma é crítico e duro, reflecte sobre as seguintes questões.
Usas esta mesma técnica com uma criança?
Quando uma criança comete uma falha chamas-lhe nomes e dizes o quanto ela é desajeitada?
Será que ao fazeres isso, estarás a ajudar a criança a não cometer a mesma falha?
Uma coisa é provável que aconteça, ao falares de forma dura e crítica com a criança, estarás a ferir a sua confiança, auto estima e a criar um distanciamento na forma como te relacionas ela!
O mesmo se aplica a ti! Quando concordas com a voz crítica estás a ferir a tua confiança, auto estima e a criar um distanciamento na forma como te relacionas contigo!
Estudos mostram que a auto compaixão aumenta a motivação, muito mais do que a voz dura e auto crítica!
A crítica interna aumenta o stress e ansiedade e não garante que no futuro as mesmas falhas não sejam cometidas. Na verdade o stress causado pela voz crítica, faz baixar o sentimento de merecimento e reconhecimento, ficando mais susceptível a repetir a mesma falha mais tarde.
Isto porque, em vez de criares em ti um sentimento de que é possível superar o desafio, crias em ti um sentimento de que não vale a pena o esforço.
Acredita eu já vi isto a acontecer na minha vida várias vezes!
Quando dou por mim a procrastinar, saltando tarefas importantes, crio em mim um sentimento diminuído, de pouca valorização e dou por mim a concordar com a voz crítica que diz que sou preguiçosa. Se leste o meu artigo sobre as duas palavras que têm o poder de mudar a forma como vivemos, percebes que ao identificarmo-nos com características que não desejamos não ajudará em nada a mudança! A verdade é que comecei a tomar consciência de que quanto mais me auto criticava, mais procrastinava!
Já deste conta deste padrão na tua vida?
O que podes fazer quando notas que estás a ser crítica, e até cruel, contigo!
#3 passos que podes colocar em prática para diminuir a influência da tua voz crítica, e ao mesmo tempo motivares-te sendo compreensiva contigo mesma:
Quando o crítico aparece a coisa mais importante a fazer é: Não Fazer Nada! Por outras palavras significa PARAR com toda e qualquer tarefa, e sair do espaço onde te encontras, se possível.
A segunda coisa a fazer é: RESPIRAR FUNDO.
Quando estamos a dar ouvidos ao crítico estamos completamente alheados do momento presente. Por isso a primeira coisa a fazer é recuperar o momento e PARAR! E a segunda ação é RESPIRAR FUNDO.
Respirar fundo ajuda a centrar no momento presente e a voltar a atenção para o nosso corpo.
De seguida fala contigo como se falasses com a tua melhor amiga, de forma compassiva e bondosa!
A voz crítica está a procurar ajudar-te (ainda que não utilize a melhor estratégia para o fazer); por isso, agradece a ajuda e afirma que és capaz. Esta é uma excelente forma de desencorajar a voz crítica. Diz a ti mesma algo encorajador como por exemplo: “Esta tarefa é desafiante, mas eu consigo superá-la!” ou “Falhas acontecem. Esta é a minha oportunidade de ser ainda melhor.”
Ser amorosa contigo é extremamente importante. Ao te tornares na tua melhor amiga estarás a recuperar a tua auto estima, construindo uma vida mais completa, pacífica e feliz.
Da próxima vez que a tua voz crítica e cruel aparecer, PÁRA, RESPIRA FUNDO algumas vezes, e lembra-te que a COMPAIXÃO e BONDADE para contigo mesma é a melhor estratégia para seres mais feliz.
Até Breve!
Ana Rita Costa
Coach especialista em Equilíbrio e Transformação ajuda mulheres a saírem da crise pessoal levando-as a encontrar aquele “algo” que necessitam desenvolver para se sentirem novamente completas, felizes e confiantes. Descarrega gratuitamente uma cópia do seu ebook “5 passos para superar o vazio interior” e dá o primeiro passo para viver com confiança, felicidade e equilíbrio.