Um dia decides que vais percorrer um pouco mais de caminho. Não voltas atrás, não fazes o caminho de volta. Arriscas e vais em frente. Ao longe vês o que parece ser o fim do caminho. Mas, ainda assim, deixas-te levar pelo desconhecido.
Chegas ao que parece ser o fim da linha – o fim do caminho… olhas mais um pouco e vês um caminho bem estreito. Esse caminho estreito dá acesso a um novo e amplo caminho. Atreves-te, colocas os pés no caminho estreito e começas a percorrer aquele que é, para ti, um novo caminho.
O dia é de sol – o sol de outono. Pela primeira vez deixas-te guiar pelo som dos passarinhos, permites sentir a brisa a bater no teu rosto, permites cheirar a Natureza – o cheiro da relva acabada de ser aparada, vês a tua vida nesse momento presente, e o silêncio instala-se.
O sítio onde te encontras não te é desconhecido. Tomaste a decisão de seguir em frente e arriscas-te, não fizeste o caminho inverso. Mas, ainda assim, acabaste por descobrir que apesar de teres voltado ao sítio que conhecias, o novo caminho que percorreste trouxe-te novos conhecimentos, novas aprendizagens, novas visões, sensações e novas conquistas.
Todos os dias voltas a casa, ao sítio teu conhecido. Mas se todos os dias percorreres um pouco mais de caminho, se todos os dias arriscares um pouco mais, encontrarás um caminho estreito que te leva ao lugar da descoberta, ao lugar da tua aprendizagem que te dará novas perspectivas e novos resultados.
Chegarás, todos os dias a casa, ao lugar teu conhecido; mas tu, a cada novo dia, descobres em ti algo diferente.
Ao longe aquilo que parece ser o fim do caminho é apenas o início de um novo. Aproxima-te mais, a cada novo dia!
Atreves-te a descobrir um novo caminho, todos os dias?
Ana Rita Costa