Praticamente quase todos os programas de desenvolvimento e crescimento pessoal têm o seu foco no crescimento do Eu. Uma abordagem virada para interior e menos para o exterior.
Se procuras crescer, e buscas no teu auto conhecimento muitas das tuas respostas, sabes do que falo. Caso estejas agora a começar o teu caminho de descoberta, esta ideia pode fazer-te um pouco de confusão. Mas vamos começar por clarificar um ponto essencial, sobre uma transformação de dentro para fora.
– Não significa que deixarás de ser quem és. Ao tomares consciência de ti, ao te conheceres a níveis mais profundos, não só irás conhecer quais são as tuas forças, como também estarás muito mais consciente de quando e como as utilizar. E não só, poderás potenciar essas mesmas forças.
Também tomarás clareza sobre as tuas fraquezas, e descobrirás como elas, nem sempre são uma coisa negativa. Em algumas alturas utilizarás as tuas fraquezas como forças. Parece paradoxal, mas é verdade! Por exemplo em determinados momentos a tua timidez inicial, dá-te a capacidade de observar, estar mais atento a pormenores. Que te ajudará imenso quando te começas a sentir mais à vontade.
Vivemos numa época em que o foco era o exterior, o fazer, o ter, o realizar, o alcançar; no entanto esta busca exterior, pelo reconhecimento no lado exterior, fez com que muitos se fossem esquecendo de si. De quem são, das suas forças, das suas qualidades. Levando a uma desvalorização do Eu.
A constante procura pelo externo, da imagem perfeita, através do próximo grito na moda, a próxima dieta ou próximo produto que vai operar milagres, vem apenas aumentar a ansiedade pelo reconhecimento e valorização externa. A valorização vinda do outro – da sociedade onde está inserido.
Isto fez com que hoje tenhamos casos de mulheres de muito sucesso a nível profissional. Esta busca de reconhecimento e de marcar a sua posição na sociedade. No entanto, muitas dessas mulheres esqueceram-se de si. Do seu mundo interior. A carreira cresce muito mais que elas, não têm tempo de qualidade para si, para desfrutar. Não que não o queiram! Elas desejam muito desfrutar, pois desejam eliminar um vazio inexplicável que sentem, uma voz que diz “ainda não é o suficiente”. No entanto, a forma de o fazer é procurando o próximo reconhecimento, a próxima valorização ou a próxima compra que lhes dará um prazer momentâneo.
Felizmente estamos em momento de expansão, e são cada vez mais as que procuram transformar a sua vida. Avaliando as suas acções e verificando se estão de acordo com quem são. Deixando de colocar no outro a responsabilidade dos seus desafios e assumindo a habilidade de responder ao que sentem no momento.
Hoje temos cada vez mais homens e mulheres, conhecedores de si. Que fazem uma busca pela sua descoberta, sabendo que esta busca durará uma vida. Uma vida em que eles sabem que eles crescerão sempre, uma vida a serem os melhores amantes de si mesmos e a buscarem em si as suas respostas e a sua valorização.
Nesta abordagem de dentro para fora existem 4 coisas que precisas de saber:
– Não significa que deixarás de brilhar no exterior. Muito pelo contrário, continuarás a brilhar, tanto a nível profissional como pessoal, só que de forma muito mais consciente. Tudo o que farás será por ti, pela tua felicidade e liberdade e não pelo reconhecimento ou valorização externa. Desfrutarás de mais equilíbrio e tempo de qualidade.
– Dá-te tempo para crescer. Cultivar a paciência é essencial no teu crescimento. Uma das faculdades mais trabalhadas no desenvolvimento pessoal. Sê paciente contigo e com quem és. Todos os hábitos que foste amealhando também levaram o seu tempo. Criar novos hábitos levará outro tempo. Passo-a-passo na tua (re)descoberta.
– Há sempre mais para descobrir. Seria redutor saberes tudo, a tua consciência é infinita, assim como o teu potencial é infinito. Cair na armadilha de que já se é detentor do conhecimento não só é redutor, como pode a níveis menos conscientes verificar-se uma certa resistência à mudança.
– Acção é necessária. De que vale ler este artigo se depois não fazes nada em relação a ti? De que vale participar num workshop se depois não colocas em acção as ferramentas que te foram passadas? De que vale ter o conhecimento se não fazes nada com esse conhecimento? Conhecimento e informação em si, não significam transformação. A transformação está na forma como colocas em acção esse conhecimento. De que vale dizer que te amas, se em situações de stress (que é quando mais precisas de viver o amor por ti), te desvalorizas e critícas?
Se vives esta abordagem de dentro para fora, e se a vives de alma e coração, com os teus rituais – os momentos em que colocas em acção muito do que aprendes. Sabes que esta abordagem não é algo teórico, mas sim algo vívido. Pois é a única – a verdadeira forma de te transformares.
Se tens vivido muito para o teu exterior, para os teus medos, ansiedades e as tens colmatado com valorização exterior. Este é o momento de desfrutares de quem és, e alcançares muito mais do que aquilo que tens neste momento presente.
Ana Rita Costa
Coach de transformação pessoal
Facilitadora Método Louise Hay (Heal Your Life®)